quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Buzine, por favor

Traseira de um caminão estacionado em Delhi

Viver na Índia tem contribuído para aumentar o meu entendimento de algumas palavras. Ao visitar Amritsar à algumas semanas atrás tive certeza do real significado da palavra transcendental. Ao conhecer o trânsito de Delhi eu aprendi o que significa caos. Em nenhuma outra situação eu vi essa palavra se aplicar tão bem.

Explicando melhor, depois de conhecer o trânsito de Delhi, não posso mais aceitar a palavra caos para os trânsitos de Rio e São Paulo, eles só são cheios e um pouquinho confusos. Delhi é diferente.  Tem suas próprias leis de trânsito, ou talvez a única lei seja não ter nenhuma.   

Detalhando um pouco o que eu já presenciei aqui:
- Avanço em massa de sinal de trânsito (não estou falando daquela avançadinha no amarelo);
- Carro atravessando via expressa de três pistas;
- Moto com 4 homens em cima;
- Motociclista no celular;
- Fechadas diárias que dá para perder a contar;
- Caminhão manobrando em rua movimentada.
- Carros na contramão

O que nunca falta é a onipresente buzina, ela compõe a trilha sonora do caos. Buzine o máximo que você conseguir, essa é a única regra!  

Procure na internet por vídeos do trânsito de Delhi, talvez dê para dar um aperitivo.

Alguns outros aspectos do trânsito de Delhi, a maioria dos carros é de marcas asiáticas: Toyota, Hyundai, Maruti Suzuki, Honda e TATA. Mas você encontra marcas de alto padrão internacional: Mercedez, BMW é até mesmo Porshe. Mas acredite, nenhum deles sobrevive em paz ao trânsito de Delhi, todos carregam suas próprias “cicatrizes”. 95 % dos carros estão arrandos, os 5% restantes ainda serão.

Os carros e suas "cicatrizes
Delhi também possui um grande número de via expressas e largas avenidas, mas mesmo assim tem um trânsito pesado em alguns momentos do dia, mas também tem aquelas ruas estreitas lotadas de pessoas, biciletas e carros.

 Além disso, aqui segue mão inglesa, ou seja, dirige do lado esquerdo assim como no Reino Unido. Apesar de eu achar que alguns indianos, talvez por rebeldia pela influência colonial, não respeitam muito esse pequeno detalhe..

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